"A natureza faz poucas pessoas fortes, mas esforço e treinamento fazem muitas." (N. Maquiavel)

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quarta-feira, 25 de março de 2009

EFEITOS FISIOLÓGICOS DA PRÁTICA DO CICLISMO

Cláudio Quintanilha Siqueira

Muito se propaga a respeito dos benefícios das atividades aeróbicas como a corrida, a natação e o ciclismo, entre outras.
O que pouca gente sabe é o porquê dessas atividades oferecerem tais benefícios.
Segundo Dantas (2003), o exercício físico realizado com objetivo de treinamento generalizado tem efeito sobre quase todos os grandes sistemas do organismo, mas é sobre os sistemas cardiocirculatório e respiratório que incidirão os efeitos melhor observáveis no que tange ao condicionamento orgânico. Portanto, de acordo com Powers & Howley (2000), citados por Marins & Giannichi (2003), "o adequado funcionamento do sistema cardiorrespiratório está associado diretamente à melhora da qualidade de vida".
A prática regular de atividades aeróbicas "irá acarretar uma série de adaptações em diversos níveis no organismo" (DANTAS, 2003), desde que seja realizado, conforme recomendam Marins & Giannichi (2003) de maneira a estimular grandes massas musculares, durante longo período de tempo. O que pode ser proporcionado pelo ciclismo.
As principais alterações fisiológicas proporcionadas pela prática de atividades cíclicas, como o ciclismo, podem ser observadas diretamente ou com o auxílio de exames específicos.
> Aumento de aproximadamente 80% no conteúdo de mioglobina nas fibras musculares, acarretando um melhor aproveitamento das reservas de glicogênio muscular.
> Como a principal fonte energética do sistema aeróbico é a gordura, ela tem seu aproveitamento enormemente aumentado, visto que "as gorduras só podem ser utilizadas no ciclo energético através do sistema aeróbico" (DANTAS, 2003).
Portanto o percentual de gordura e o peso total são reduzidos quando os exercícios são acompanhados de controle alimentar.O consumo calórico previsto para o ciclismo, considerando um indivíduo de 70 kg, pedalando a uma velocidade de 18 km/h é de 7 a 8 kcal/min, perfazendo um total de 420 a 480 kcal durante uma hora de exercício. Mas alertamos que estes valores são estimados, pois muitas variáveis influenciam no gasto calórico como, por exemplo, a eficiência motora da pedalada, o tipo de terreno, vento, combinação de marchas, idade, sexo etc.
> Havendo uma preponderância da atividade aeróbica, haverá um aumento do ventrículo esquerdo do coração, provocando um aumento do volume cardíaco acompanhado de uma maior densidade capilar. Além disso, provocará um aumento do volume de ejeção sanguínea, portanto "o aumento do volume de ejeção ou volume sistólico permite uma redução da frequência cardíaca de repouso." (DANTAS, 2003).
> Aumento do VO2máx, que é um parâmetro fisiológico que representa a "quantidade de O2 que um indivíduo consegue captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar a nível celular na unidade de tempo." (LEITE, 1986), citado por Marins & Giannichi (2003). Em outras palavras, quanto maior for o seu VO2máx maior será a sua capacidade de realizar exercícios de longa duração, como uma maratona, por exemplo.
> Os níveis de colesterol e triglicérides são reduzidos. Observa-se uma violenta redução do perigoso LDL e aumento do "bom colesterol", o HDL, diminuindo o risco de coronariopatia.
> Provocam uma maior adaptação do organismo a temperaturas elevadas e uma capacidade de dissipação de calor mais rápida e fácil.
> Diminuição da viscosidade sanguínea.> Aumento do número de linfócitos, responsáveis pela formação de anticorpos.
O American College Sport Medicine (ACSM) preconiza uma frequência para a prática de atividades físicas de 5 vezes por semana para que se obtenha um resultado satisfatório tirando, assim, o máximo proveito dos benefícios oferecidos pelo exercício, no entanto Marins & Giannichi (2003) recomendam que os iniciantes comecem com 2 vezes por semana e aumentem gradativamente, de acordo com as respostas físicas obtidas. Eles também alertam que uma frequência maior que 5 vezes por semana melhora o rendimento de forma desprezível e, por outro lado, aumenta significativamente o risco de lesões.

Quanto à intensidade, esta dependerá, segundo Marins & Giannichi (2003), diretamente do nível inicial do praticante, dos seus objetivos, idade e sexo. Mas, alguns fatores devem ser observados com relação à intensidade dos exercícios:
a) Intensidade maior aumenta o risco cardiovascular e de lesões ortopédicas.
b) Maiores intensidades estão associadas a menor adesão pelo desconforto físico gerado durante e depois do exercício. Lembra-se daquele amigo, novato, que você levou para uma pedalada e o garoto não aguentou o sacode? Sumiu, né?
c) Caso não vise competições a atividade deve ser de intensidade moderada e de maior duração.
d) O consumo de alguns medicamentos poderá alterar a frequência cardíaca.
REFERÊNCIAS
MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: guia prático. 3ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
DANTAS, Estélio M. A prática da preparação física. 5ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

segunda-feira, 23 de março de 2009

QUALIDADE DE VIDA

Waldemar Guimarães 12/08/2008

Antes de entrar neste tema é importante considerarmos do que ele trata.
Vejo da seguinte maneira: VIDA é um fato. Ponto final. Todos nós, que nascemos e estamos aqui, temos, cada um, a nossa vida. Ganhamos uma vida. E podemos levá-la, sem maiores questionamentos, até o fim.
Mas aí, surge a palavra QUALIDADE. Qualidade não é algo fechado, localizado e caracterizado, e só! Qualidade é uma questão aberta.
É um começo. Eu tenho uma vida. Que qualidade ela tem? Não existe uma resposta simples, deste ou daquele tipo. Pelo contrário, existem mais questões envolvidas:
· que nível de qualidade?
· qualidade em relação a que?Por exemplo: você vai comprar alguma coisa ou utilizar um serviço.Ele é de excelente, boa, média, péssima qualidade? Tudo tem uma qualidade.
Então, o que faz a diferença?
A diferença existe quando você começa a prestar a atenção nas coisas relacionadas à sua vida. Você se importa com o que faz, como você vive sua vida. Você já não vive de qualquer jeito. Você tenta, se informa, busca, tenta de novo, alcança.
Pronto! Sua vida já começa a ter outro nível de qualidade!Se todos concordam até aqui, podemos começar a falar dos aspectos básicos que constituem a VIDA da grande maioria das pessoas: Podemos começar falando de alimentação e nutrição.
Hoje, existem milhares de informações sobre alimentos, dietas, doenças relacionadas etc. Independente de casos específicos, a orientação que qualifica o alimentar-se diz o seguinte:
1. Coma várias vezes ao dia. A razão principal é manter o metabolismo (ritmo interno de funcionamento do corpo) e o nível de açúcar no sangue em níveis estáveis. Com isso você evita doenças, como diabetes, e alterações constantes de peso corporal. (veja quanta preocupação deixa de existir só com essa atitude!).
2. Coma pouca quantidade em cada refeição. Isso acaba sendo natural, pois você estará se alimentando a cada 3 a 4 horas. Seu estômago não dilata e você não fica “estufado” e “devagar”(sonolento), depois da refeição.
3. Coma de tudo. Procure variar nas cores e tipos de alimentos para obter o máximo de nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, lipídios e glicídios) necessários a uma boa saúde.
4. Prefira os alimentos naturais e integrais. Eles são processados mais lentamente pelo corpo, não causam choques ou danos no organismo e ajudam a prevenir o envelhecimento prematuro.
5. Beba água o dia todo. Entre 2 e 3 lts por dia para garantir uma hidratação interna adequada.
6. Escolha o momento adequado para entrar em dietas restritivas.Uma fase de muito stress (mental, emocional ou físico) não ajudará no sucesso da dieta que você está fazendo.
7. Faça regularmente – anual ou semestral – os exames básicos de colesterol, taxa de açúcar e todos os outros que o seu médico solicitar. Avalie sua alimentação com base nestas informações e você começará a examinar a qualidade de sua vida neste aspecto.
Um outro assunto do interesse de todos é atividade física, esportes e sedentarismo.
1. Em primeiro lugar, é necessário distinguir esporte de atividade física. Você pode fazer uma atividade física regular e constantemente, e isso pode trazer um ganho para a qualidade da sua vida.
2. Uma prática física ganha qualidade, assim como na alimentação, quando é fracionada e feita com freqüência, ou seja, 20 a 50 minutos diários, 4 a 6 dias na semana. Você consegue um bom condicionamento com um mínimo de oxidação celular – resultado químico de esforço físico – que é o principal responsável pelo envelhecimento precoce do corpo.
3. Já o esporte, normalmente vinculado à competição, aumenta consideravelmente o risco de lesões que, às vezes, mudam a vida da pessoa para sempre. Em nome do competir e, principalmente do ganhar, a pessoa exige de seu corpo esforços que, se não causarem lesões imediatas, por traumas e contusões, acarretará constantes perdas e desgastes em partes internas do corpo, que aparecerão futuramente, “de uma hora para outra”.
4. Já existem estudos mostrando que traz menos riscos à saúde ser um sedentário que um esportista de fim de semana – jogar aquela “partidinha” de sábado ou domingo com os amigos.
5. Procure um médico para fazer sua avaliação e depois, um profissional da área de educação física para montar um plano que você possa desenvolver com sucesso.
6. Observe que qualidade na atividade física está diretamente vinculada à alimentação, repouso e condições adequadas.
7. Considere a musculação como sua primeira opção, pois os estudos mais recentes mostram que essa atividade, se bem praticada, é extremamente competente na maioria das questões – massa magra, gordura, hormônios, ossos, coração e circulação, sistema nervoso – que dizem respeito à saúde mental, emocional e física das pessoas.
Falemos agora sobre o sono. O sono tem que ser visto como o “outro lado da mesma moeda”. Ou seja, ou estamos acordados em atividades diversas, ou estamos dormindo. A pessoa é a moeda. Se o sono não é bom, qualquer coisa que se faça acordado também não será. Em média, os estudos dizem que precisamos de 7 ou 8 horas de sono. É importante saber que este número está vinculado a uma série de atividades fisiológicas, realizadas pelo corpo, durante o momento do sono.
Na maioria das vezes, as pessoas acham, mentalmente, que dormir é só dar uma descansada do dia que tiveram. Algumas acham que nem precisam disso. A verdade é que, certos aspectos de recuperação e regeneração, precisam de atividades nervosas, cerebrais, circulatórias e motoras diferentes das que temos quando estamos acordados. Você pode fazer certos ajustes com o seu carro em movimento.
Já para outros, o carro precisa estar parado e desligado. E o tempo para isso, não é o que eu quero, mas o que é necessário. Reveja o ambiente e as condições do seu sono.
1. Troque de travesseiro até achar um único que fique bem embaixo de sua cabeça, quando você se deita.
2. Procure um colchão de densidade adequada a você (seu peso e suas medidas) ou ao seu cônjuge (depende de quem tiver maior peso). O colchão tem que ser firme, nem duro, nem mole. Essa é a regra sensorial.
3. Mantenha o ambiente arejado mas não frio, pois quando dormimos o metabolismo reduz suas atividades e com isso nossa temperatura corporal também.
4. Para ter um sono mais relaxante tome um banho assim que chegar em casa do trabalho. Troque suas roupas e leve para a cama somente sua necessidade de descansar.
Posturas corporais.
Posturas certas, posturas erradas, inadequadas, prazerosas, desconfortáveis etc.Existe uma quantidade enorme de orientações posturais por um lado e, um monte de sensações e impressões pessoais por outro.
O que fazer? Em primeiro lugar, procuro por um princípio. Princípio não tem lado, não tem “time”, não tem preferências. Ele é o começo, isento, imparcial. Só depois é que as coisas começam a se dividir e seguir uma direção.
O princípio neste caso, sobre posturas, é que o corpo - mais de 200 ossos e 600 músculos, metros de “tubos” internos, tais como: vasos circulatórios, intestinos, canais respiratórios, litros de líquidos diversos etc – está sempre em movimento. Sempre em movimento.
A proposta é seguir este princípio. Mantenha sempre o seu corpo em movimento, alterando suas posturas, de momentos em momentos.Você vai observar que posturas mais eretas gastam menos energia, porque a relação de forças de um corpo com a gravidade do planeta é perpendicular, logo, se você coloca o seu corpo em verticalidade, você tem menos área de atrito e menos esforço por parte de seu corpo – músculos, ossos e articulações e coração – para se manter em determinada posição.
Experimente e sinta, por você mesmo, como se relacionar com cada postura. Tudo o mais, Qualidade de vida é muito mais do que o que foi colocado aqui. Isso é só um começo, a partir do que, você poderá olhar com mais atenção, carinho e comprometimento outros aspectos de sua vida tais como:
- Sua vida familiar;
- Sua vida emocional e íntima;
- Sua vida social;
- Seu trabalho;
- Seu lazer;
- Seus estudos;
- Suas idéias, seus sentimentos e suas necessidades.

DETERMINANDO O SEU OBJETIVO

Waldemar Guimarães 11/08/2008

Afinal porque treinar com pesos e não correr, nadar ou andar de bicicleta ou mesmo jogar bola ?
Ocorre que cada atividade possui os seus benefícios; enquanto treinar ciclismo ou corrida, promove um ótimo trabalho de condicionamento aeróbio, desde que realizado dentro de limites ideais de volume e intensidade para cada indivíduo, quanto a tonificação muscular, só salienta os membros inferiores, fazendo muito pouco para a parte superior do tronco, jogar futebol fica mais ou menos na mesma categoria.
Mas e a natação, ainda, considerada por muitos profissionais a atividade física mais completa?
A natação pode fazer realmente um ótimo trabalho cardiorrespiratório e é muito eficiente para o aumento de força muscular e flexibilidade, porém não se vê um nadador, mesmo que exímio, dono de um físico bastante musculoso e definido. A não ser que o nadador realize um cross training incluindo exercícios com pesos e dieta específica, o que um nadador olímpico não fará, ele terá um shape peculiar: desproporção de desenvolvimento muscular e ausência de definição.
Alguns fisiologistas sugerem que os nadadores formam uma camada de tecido adiposo subcutâneo, porque, tal como mamíferos marinhos, eles precisam armazenar calor porque o corpo perde muito mais calor na água do que ao ar livre. Mas se você quiser que o seu corpo pareça com o corpo de uma foca, tudo bem, fique bastante tempo na água e coma bastante sardinha.
Mas então a musculação deve ser a melhor atividade de todas?
O exercício com sobrecargas é o que mais promove alterações na composição corporal, força e resistência muscular e dependendo de como for realizado também é muito efetivo para ganhos de flexibilidade.
Agora, existem profissionais que insistem em não concordar que a musculação seja efetiva para a melhora da composição corporal principalmente para o controle da gordura corporal e continuam achando que é muito mais efetivo ficar 1.5 horas em uma sala de ginástica aeróbica. É lógico que outros fatores devem ser controlados tal como a alimentação, mas não há necessidade de ser um cientista de laboratório para visualmente observarmos que atletas de provas curtas do atletismo como os corredores de 100 metros possuem um físico mais musculoso e definido do que corredores de maratona e no entanto aqueles atletas só realizam picos anaeróbios no seu processo de treinamento enquanto os maratonistas correm em bases diárias horas sem parar.
Analogamente, se nos deslocarmos para as academias, porque será que as salas de ginástica aeróbica estão cheias de gordinhos sistemáticos e a de musculação com uma quantidade média muito maior de pessoas com uma composição corporal mais saudável?
Vários profissionais da área de saúde a muito vêm batendo nesta mesma tecla, salientando a efetividade da musculação no que se refere a elevação significativa do Metabolismo Basal mesmo após o término da atividade, apesar disto tem gente que ainda não se convenceu ou não quer dar ouvidos a este fato tão notório.
Eu acrescento que esta elevação metabólica no caso de um treinamento profissional pode se manter não apenas por algumas horas após o final do treino mas por alguns dias, haja visto a grande necessidade de reparação tecidual. Quando se treina sério no alto nível, a musculatura local permanece com a temperatura ligeiramente mais elevada por alguns dias e às vezes até por mais que uma semana. Soa familiar?
É bem provável que os profissionais que insistem em advogar que a musculação não é efetiva para a melhora da composição corporal não têm e nunca tiveram um corpo definido e musculoso, porque nunca treinaram sério com pesos, aliás pode ser que pareçam com focas. Não de ouvido a eles, não sabem o que dizem. Entretanto, a nossa musculação não é a melhor forma de se condicionar aerobiamente, veja, isto não tem nada a ver com o controle da gordura corporal, a Potência Aeróbia é uma das variáveis da saúde e é significativamente trabalhada com atividades cíclicas com médio-longo período de tempo de execução, daí entramos nas caminhadas, corrida, ciclismo, natação, etc...
A partir daí torna-se simples concluir que o melhor seria associar o treinamento com pesos e alguma atividade cíclica. A delimitação do objetivo a ser alcançado é a medida número um.
Existem muitos alunos de academia e até atletas muito confusos. Eles não sabem aquilo que desejam ou necessitam, se correm ou nadam mais e treinam menos com pesos ou vive versa, não sabem a que ponto precisam se condicionar aerobiamente, até onde desejam desenvolver a massa muscular, até que ponto um treino interfere no outro ou mesmo quando realizá-los. A nível aeróbio existe uma delimitação daquilo que é o padrão compatível com a saúde mas a nível de desenvolvimento muscular o céu é o limite, apesar que algumas focas possam não concordar com isto. Depende da escolha de cada um. Um corpo atlético proporcional e bem definido parece atender os desejos da maioria, enquanto um físico superdesenvolvido como a de um Mister Olympia é desejo de poucos. O importante é definir aquilo que realmente você deseja, não ser modesto na escolha, ter confiança, determinação e perseguir o seu objetivo. É comum pessoas mudarem de objetivo, principalmente quando começam a obter ganhos mais consistentes, á partir daí passam a querer mais músculos porque se tornam mais autoconfiantes e instruídos, mas este é um fator puramente psicológico.
Se formos atender as recomendações da saúde feita pelos órgãos oficiais, 30 minutos de caminhada no shopping center local cinco vezes por semana será o suficiente, mas o próprio Joe Weider considera isto nivelar por baixo, muito embora aceite que esta medida é melhor do que ficar em casa em frente a televisão, acredita que qualquer cidadão deva ser estimulado além destes parâmetros simplórios permanecendo viva a filosofia que também compartilho: No Pain no Gain!

É POSSÍVEL GANHAR MASSA MUSCULAR E PERDER GORDURA CORPORAL AO MESMO TEMPO?

Rodolfo Anthero de Noronha Peres* CRN8-2427 06/03/2009


Em meu cotidiano como nutricionista clínico esportivo, é muito comum o indivíduo entrar em meu consultório e já deixar bem claro:

__ Eu quero ganhar massa muscular, mas também quero perder gordura corporal ao mesmo tempo!

Sem dúvida, o desejo da maioria das pessoas que procuram uma academia é a queima de gordura corporal associada ao ganho de massa muscular. Mas esses dois objetivos são possíveis de ocorrer no organismo humano concomitantemente?

Sim, mas normalmente será necessária a otimização dos hormônios anabólicos e do controle do hormônio catabólico cortisol, mesmo que seja por meio farmacológico. Pois, em um organismo em condições normais, é muito difícil utilizar gordura enquanto se constrói massa muscular. Veja que um organismo em déficit calórico, condição necessária para que a gordura seja utilizada, irá concentrar seus esforços no reabastecimento de glicogênio para o funcionamento fisiológico normal, portanto, a construção muscular ficará em segundo plano.

Existe um caso especial, no qual se observa aumento de massa magra e redução de gordura corporal em níveis significativos, ao mesmo tempo. Esse período coincide exatamente com o início de um programa de treinamento em indivíduos absolutamente destreinados. Sabemos que quanto mais próximo do início, maiores são os ganhos, e quanto mais distante, mais sutis são esses ganhos, devido a um maior acionamento de unidades motoras e ativação subseqüente de células musculares dormentes. Passado este período inicial adaptativo, a tendência seria os ganhos atingirem patamares reduzidos, dificultando a aquisição de tecido magro concomitantemente com a redução da gordura corporal. O que fazer então?

Considerando passada a etapa inicial de adaptação, deve-se periodizar o trabalho nutricional do indivíduo em algumas etapas (variando entre fase de ganho de massa magra e fase de redução de gordura corporal), estando estas de acordo com a condição física atual, o objetivo e principalmente o treinamento. Vale lembrar da importância do nutricionista esportivo estar sempre em contato com o preparador físico para ocorrer a melhor sinergia possível entre dieta e treino. Inclusive, a presença do nutricionista na própria academia auxilia muito nesse caso.

Em um passado não muito distante, era comum a adesão a uma dieta super-hipercalórica para ganho de massa magra durante determinado período, seguido de um trabalho para redução de gordura corporal. Ocorria que na etapa de dieta super-hipercalórica, era comum a aquisição de muita gordura corporal em conjunto com a aquisição de massa magra. Portanto, o período de redução da gordura corporal acabava sendo longo e árduo, proporcionando uma inevitável perda da massa magra arduamente adquirida.

Recomenda-se que um trabalho para ganho de massa magra seja realizado de maneira controlada, monitorando a dieta de modo a proporcionar apenas a hipertrofia muscular, evitando com isso o acúmulo de gordura. Caso o indivíduo apresente-se no início do projeto com uma quantidade elevada de gordura corporal, deve-se adequar este teor de gordura antes de iniciar o trabalho específico de hipertrofia.

Para melhor avaliação, a simples aferição do peso na balança torna-se imprecisa, pois, em termos volumétricos, uma quantidade determinada de gordura pesa bem menos do que o mesmo volume de massa muscular. Em outras palavras, uma mesma variação volumétrica de gordura corporal representa uma alteração menos significativa na balança, se comparado com a variação volumétrica em massa muscular. Por isso, em praticantes de atividade física, a discriminação da composição corporal por um profissional habilitado é recomendada.

Para ilustrar toda esta teoria, analisaremos alguns exemplos fictícios, porém extremamente comuns no dia a dia nas academias.

Exemplo 1
Individuo do sexo masculino com 90 kg de massa corporal, 170 cm de estatura, estando com 30 kg de gordura corporal, sendo que destes, 20 kg foram considerados em excesso. Sua massa magra é de aproximadamente 60 kg. Objetivo: ganho de massa magra e redução da gordura corporal, visando atingir em torno de 80 kg de massa corporal com um teor ideal de gordura corporal (estimado em 10 kg).

Portanto, para atingir seu objetivo, nosso indivíduo exemplo necessita eliminar 20 kg de gordura corporal e aumentar 10 kg de massa magra em condições naturais. Logicamente, não consideraremos nesses exemplos o uso de qualquer recurso ergogênico farmacológico.

A primeira medida a ser tomada nesse caso seria a redução do excesso de gordura corporal. Como temos uma quantidade relativamente grande de gordura corporal a ser perdida, poderemos inicialmente propor uma dieta hipocalórica associada a um adequado treinamento (musculação + aerobiose controlada) pelo período de 15 semanas. Considerando uma redução em torno de 1 kg de gordura corporal por semana, ao término dessa primeira etapa, o indivíduo deveria apresentar-se com 75 kg de massa corporal (90 kg de massa corporal – 15 kg de gordura corporal).

Muitas pessoas podem achar esse processo de perda de gordura muito lento, pois acham que quanto mais rápido melhor. Nesta ignorância, essas pessoas acabam fazendo dietas nas quais ocorre uma redução de 3, 4, até 5 kg por semana. Em vez de ficarem felizes quando atingem uma perda como essa, deveriam na verdade ficar muito tristes, pois, com certeza, a maior parte dessa perda terá sido de líquido e massa magra. Devemos corrigir o conceito de perda de peso. Ou seja, perder peso definitivamente não é igual a perder gordura!

Essa primeira etapa poderia ter duração de 20 semanas, pois dessa forma, eliminaríamos todo o excesso de gordura do nosso indivíduo exemplo. Porém, se já é difícil manter uma dieta hipocalórica por 15 semanas. Certamente, por 20 semanas seria ainda pior. Nesse caso acaba sendo interessante dividirmos a etapa de redução da gordura corporal em duas. Isto logicamente não seria necessário quando o excesso de gordura apresenta-se menor, em torno de dez quilos, por exemplo.

Passaremos então para a segunda etapa do projeto. Iniciando um trabalho de hipertrofia muscular, poderemos adquirir em torno de dois quilos de massa muscular isenta de gordura por mês. Portanto, após 20 semanas (cinco meses) seguindo um trabalho controlado, nosso indivíduo exemplo apresentar-se-ia com 85 kg de massa corporal, com apenas 5 kg de gordura corporal em excesso.

A terceira fase de nosso projeto seria basicamente de definição muscular, tendo a duração de apenas cinco semanas. Vale ressaltar que confiar em estratégias de treino para tornar o corpo mais definido é possível, desde que a dieta seja estritamente controlada e estável. A partir daí poderemos aumentar o gasto calórico com a implementação do exercício físico. Este ajuste deve ser muito preciso, pois um pouco mais de intensidade ou volume no treino, pode solicitar mais massa muscular do que gordura como fonte de energia, provocando o catabolismo. Com a introdução de uma dieta hipocalórica associada ao devido treinamento, obteríamos como resultado os desejados 80 kg de massa magra com uma quantidade de gordura corporal adequada. Ou seja, todo o projeto teria a duração de 40 semanas (dez meses). A última fase é a mais detalhada do projeto, visto que a perda de massa magra conquistada não deveria ocorrer. Para isto, seria necessário um treinamento adequado associado a uma dieta hiperprotéica com a presença de alguns suplementos nutricionais anti-catabólicos.

Exemplo 2
Indivíduo do sexo feminino com 60 kg de massa corporal e 165 cm de estatura, estando com um teor de gordura corporal adequado. Objetivo: ganho de massa magra, visando atingir 63 kg de massa corporal, mantendo estável sua quantidade absoluta de gordura corporal.

Um trabalho como este pode ser realizado em um curto período. Com um programa nutricional ajustado ao treinamento de hipertrofia, nosso exemplo atingiria seu objetivo aproximadamente em torno de seis e oito semanas. Mesmo não reduzindo sua gordura corporal absoluta, sua quantidade de gordura relativa reduziria, devido ao aumento na massa corporal.


Exemplo 3
Indivíduo do sexo masculino com 50 kg de massa corporal, 170 cm de estatura, estando com um teor de gordura corporal adequado. Objetivo: ganho de massa magra, visando atingir 70 kg de massa corporal, mantendo estável sua quantidade absoluta de gordura.

Esse terceiro exemplo apresenta um indivíduo bem magro. Seu trabalho deveria ser realizado em um longo prazo, mas desde o início, evitando ao máximo o acúmulo de gordura. Considerando um acréscimo de 500 gramas de músculo por semana (o que seria formidável), podemos estimar que em 40 semanas com um treino de hipertrofia, o objetivo seria alcançado. Isto equivale a um ano inteiro de trabalho, pois podemos somar a estas 40 semanas pelo menos 8 semanas com um treino regenerativo (variável de acordo com a periodização imposta pelo professor de educação física/personal trainer).

Este espaço temporal pode parecer muito grande para alguns mais afoitos. No entanto, vamos analisar de outro modo: com uma dieta super-hipercalórica, certamente a massa corporal deste indivíduo aumentaria de maneira mais significativa. Porém, grande parte deste ganho, seria certamente na forma de gordura corporal. Ou seja, teríamos de iniciar um longo programa de perda de gordura corporal após todo o processo de hipertrofia. Lembrando que neste processo a chance de perda de parte da massa magra conquistada seria grande.

Está claro que o melhor realmente é crescer com qualidade, para não ter que correr atrás do prejuízo semanas antes de ir para a praia ou a outro evento qualquer.

Conclusão
Pode-se concluir que ganhar consideravelmente massa muscular e perder muita gordura corporal concomitantemente, infelizmente não é possível, salvo nas condições citadas no início deste artigo.

Consistência e disciplina nos treinos são fundamentais. Considere que pouco adianta treinar com a devida intensidade, perfeita forma de execução e alimentação super balanceada por um determinado período, e em outros, desestimular-se e passar a treinar sem disciplina. Tem muita gente que treina semana sim, semana não ou mês sim, mês não. O ideal é procurar os serviços de profissionais devidamente habilitados, para que estes em conjunto, elaborem a melhor estratégia a médio/longo prazo.

*nutricionista esportivo

O QUE COMER ANTES E APÓS O TREINO DE MUSCULAÇÃO?

Autor:
Rodolfo Anthero de Noronha Peres*

Sem dúvida, todas as refeições que compõem o programa alimentar de um atleta e/ou esportista são importantes, mas neste artigo vamos discutir a alimentação em dois momentos cruciais para o praticante de musculação: antes e após o treinamento.

Antes do treino, deve-se garantir uma refeição que o mantenha em estado anabólico durante o exercício, além de proporcionar um ótimo rendimento. Já, após o treino, o principal é garantir uma ótima recuperação do organismo. Muitas pessoas ainda acham que o crescimento muscular ocorre exatamente no momento do exercício, mas, na verdade, a maior parte do processo de hipertrofia acontece durante o período de descanso.

O stress causado durante o treinamento pelas sobrecargas metabólicas e tensionais, provoca microlesões nos músculos envolvidos. Para ocorrer a hipertrofia, essas microlesões devem ser adequadamente reparadas num patamar superior ao anterior. Portanto, a fase de recuperação é fundamental para o desenvolvimento muscular. Se o indivíduo não estiver completamente recuperado, a musculatura responderá de maneira negativa, dificultando a hipertrofia. Nesse processo recuperativo, o descanso e uma ótima nutrição são fatores cruciais.

Refeição antes do treinamento

É conveniente realizar uma refeição sólida em torno de 60 a 90 minutos antes do treinamento. Este período é bem variável, pois enquanto algumas pessoas podem apresentar um ótimo rendimento realizando uma alimentação sólida apenas 30 minutos antes do exercício, para outras essa prática pode ser desastrosa.

Portanto, a individualidade sempre deverá ser respeitada. Essa refeição deveria conter uma quantidade adequada de carboidratos complexos e proteínas, além de ser reduzida em fibras, frutose e gorduras. Nesse momento, uma refeição com a quantidade adequada de carboidratos aumenta de forma significativa o conteúdo de glicogênio nos músculos e no fígado, constituindo um importante fator para melhorar o desempenho.

Essa conduta tem por objetivo:

• Reduzir o catabolismo induzido pelo exercício (maior liberação insulínica e maior síntese de glicogênio);
• Garantir maior disponibilidade de aminoácidos para os músculos;
• Prevenir a hipoglicemia e os sintomas a ela relacionados;
• Fornecer energia para o trabalho muscular durante o treinamento;
• Evitar o estado de fome e o desconforto gastrintestinal durante o exercício;
• Proporcionar um correto aporte hídrico, garantindo que o indivíduo inicie o exercício num estado completamente hidratado.

Exemplos de refeições pré-treino

Os exemplos de refeições foram divididos em níveis: iniciante, intermediário e avançado. No nível avançado, podemos incluir pessoas com um expressivo desenvolvimento muscular, tais como os bodybuilders.

Nível iniciante:

• Pão branco com geléia de frutas, acompanhado de iogurte de frutas light e uma fruta;
• Extrato solúvel de soja light batido com uma fruta e aveia em flocos.

Nível intermediário:

• Pão branco com queijo branco magro, acompanhado de iogurte de frutas light e uma fruta;
• Iogurte de frutas light com cereal sem açúcar e uma fruta.

Nível avançado:

• Batata doce/mandioca cozida acompanhada de peito de frango;
• Panqueca de aveia em flocos com claras de ovos e uma banana.

Logicamente, as quantidades não foram especificadas devido as grandes variações individuais. Além disso, devemos lembrar que as opções acima são apenas sugestões, devendo-se sempre respeitar os hábitos, preferências, alergias, aversões e intolerâncias alimentares de cada um. No período entre essa refeição e o treinamento (60 – 90 minutos) deve-se garantir um aporte hídrico entre 500 ml e 1000 ml.

Para os que estão em um nível intermediário ou avançado de treinamento, a inclusão de uma suplementação, entre 15 e 30 minutos, antes do treino pode ser de grande valia. Nesse período, a suplementação é preferível à alimentação sólida, pois causará um rápido esvaziamento gástrico, evitando qualquer tipo de desconforto.

Exemplos de suplementação logo antes do treino

Nível intermediário:

• Maltodextrina
• Whey protein

Nível avançado:

• Maltodextrina
• Whey protein
• BCAAs
• Glutamina

No nível intermediário, o uso de maltodextrina acompanhado de uma pequena quantidade de whey protein proporcionaria um melhor rendimento associado a um aumento na síntese protéica. Já no nível avançado, devido à alta intensidade do treinamento, além de maltodextrina e whey protein, o uso de BCAAs e glutamina parece ser interessante. Ainda para os indivíduos em nível avançado, a inclusão de outros suplementos, tais como HMB e óxido nítrico em determinados períodos também pode ser útil.

O uso de vitaminas do complexo B é recomendado em alguns casos, dependendo da ingestão de carboidratos da dieta, já que essas vitaminas atuam como coenzimas do metabolismo energético. Portanto, a ingestão de vitaminas do complexo B está diretamente relacionada ao teor de carboidratos na dieta.

Durante o treinamento

Em atividades com menos de uma hora de duração, a suplementação com carboidratos não é necessária. Garantir um ótimo aporte hídrico já seria suficiente. No entanto, para atividades com duração superior a 60 minutos, o uso de um repositor de carboidratos é necessário, sendo que em atividades com duração superior a 90 minutos o repositor deveria conter eletrólitos.

Algumas pessoas engajadas em um treinamento com pesos de alta intensidade observam um melhor rendimento com o uso de maltodextrina durante o treino; outras já não observam essa melhora. Neste caso, a experiência de cada um auxiliará na escolha, sempre respeitando a temperatura (em torno de 16ºC) e a concentração da solução – que deverá estar entre 6 e 8%, visando um rápido esvaziamento gástrico.

Refeição após o treinamento

Imediatamente após o treinamento, é interessante realizar uma refeição o quanto antes, para auxiliar no processo de recuperação e evitar o catabolismo. Essa prática promoverá melhor perfil hormonal anabólico, diminuição da degradação protéica miofibrilar e rápida ressíntese de glicogênio. A fim de garantir maior praticidade, o uso de suplementos, nesse caso, é bem interessante, pois além da dificuldade de transporte, observa-se em treinamentos mais intensos, o que é conhecido como anorexia pós-esforço, dificultando o processo alimentar.

Imediatamente após o exercício, os músculos que estavam ativos se preparam para restabelecer a energia gasta e maximizar a entrada de nutrientes. Esse é o estado em que o corpo se encontra mais receptivo à absorção e ao armazenamento de energia. Durante o treino, ocorre uma diminuição natural na insulina circulante, sendo que, por meio da ação de receptores específicos, a glicose entra nas células sem depender de insulina nesse momento. Este fenômeno é conhecido como período insulino-independente, com duração de uma a duas horas após a atividade física. Quando se ingere um alimento na fase insulino-independente, os nutrientes entrarão nas células mais rapidamente, proporcionando uma ótima absorção.

Exemplos de suplementação logo após o treino

Nível intermediário:

• Maltodextrina
• Dextrose
• Whey protein

Nível avançado:

• Maltodextrina
• Dextrose
• Whey protein
• BCAAs
• Glutamina
• Nutrientes antioxidantes
• HMB

Nesse período recomenda-se o uso de um shake contendo proteínas de rápida absorção (whey protein), além de uma mistura de carboidratos com alto índice glicêmico (dextrose e maltodextrina). Esses valores são variáveis de acordo com cada indivíduo, mas como parâmetro, em torno de 1 grama de carboidratos por kg de peso corporal (50% maltodextrina e 50% dextrose) e 0,5 gramas de proteínas hidrolisadas por kg de peso corporal parece ser o suficiente para garantir uma ótima ressíntese de glicogênio, uma excelente liberação do hormônio anabólico insulina, otimizar a síntese protéica e interromper a proteólise. Em nível avançado, pode-se ainda enriquecer essa solução com BCAAs, glutamina e HMB, dependendo de sua disponibilidade financeira.

Antioxidantes são substâncias capazes, mesmo em concentrações relativamente baixas, de retardar ou inibir o processo oxidativo. Podem agir bloqueando a formação de radicais livres ou interagindo com eles, tornando-os inativos. Estudos demonstram que o trabalho muscular intenso gera maiores quantidades de radicais livres de oxigênio, os quais, se não forem devidamente neutralizados, podem iniciar um processo deletério nas células e tecidos, chamado estresse oxidativo. Este pode levar à destruição de lipídios, proteínas e ácidos nucléicos, causando diminuição do rendimento físico, fadiga muscular, estresse muscular e overtraining. Como exemplos de nutrientes antioxidantes, podemos citar a vitamina C e a vitamina E.

Tanto antes, quanto após o treino, os indivíduos em nível inicial de treinamento não necessitam fazer qualquer tipo de suplementação, salvo alguma orientação em um caso específico.

Após um período de no máximo 60 minutos, é interessante realizar uma refeição contendo uma boa quantidade de proteínas de alto valor biológico, carboidratos complexos, e restrita ao máximo em gorduras. Nesse momento, os níveis sangüíneos do hormônio anabólico insulina encontram-se elevados (devido ao shake ingerido alguns minutos antes), o que propicia uma ótima absorção dos nutrientes ingeridos.

Exemplos de refeições pós-treinamento

Nível iniciante:

• Arroz e feijão, acompanhado de carne vermelha magra, legumes e verduras.
• Pão branco com patê de atum light com requeijão light e suco natural de frutas

Nível intermediário:

• Arroz e feijão, acompanhado de peito de frango, legumes e verduras.
• Extrato solúvel de soja light, batido com fruta e aveia em flocos, acompanhando pão branco com patê de peito de frango desfiado com requeijão light

Nível avançado:

• Batata inglesa acompanhada de peito de frango, legumes e verduras
• Arroz branco acompanhado de peixe, legumes e verduras.

O presente artigo teve por objetivo principal identificar a importância de uma nutrição adequada para o sucesso do treinamento com pesos, particularmente nos horários antes e após o treinamento. Espero que as dicas apresentadas auxiliem aqueles que buscam objetivos sólidos com o treinamento com pesos. Lembre-se: antes de iniciar qualquer dieta, consulte um profissional habilitado em nutrição esportiva. Só ele poderá elaborar um programa alimentar de acordo com suas necessidades.

*nutricionista esportivo

Doutrina da Musculação

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