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sábado, 11 de julho de 2009

EFEITOS DA GLICOSAMINA NO ORGANISMO

A glicosamina, também conhecida como glucosamina, é comumente usada como tratamento oral para a osteoartrite, embora sua aceitação como terapia médica varie. A glucosamina auxiliaria no tratamento da artrite ao ajudar a reconstruir a cartilagem. O uso da glicosamina parece ser seguro, porém as evidências quanto a sua eficiência ainda não estão claras.
Estudos clínicos sobre a glicosamina
Vários estudos clínicos têm sido conduzidos sobre a glicosamina como tratamento para a osteoartrite, porém os resultados são conflitantes. Uma vez que a eficácia da glicosamina ainda não é definitivamente comprovada, há debate entre médicos se ela deveria ser recomendada para tratamento de seus pacientes.
Vários estudos clínicos nos anos 80 e 90, patrocinados pela European patent-holder (Rottapharm), demonstraram benefícios no uso da glucosamina. Porém, esses estudos foram consideradas de baixa qualidade por causa da pequena amostragem, curta duração, etc. Então, Rotta patrocinou outro dois estudos grandes (com pelo menos 100 pacientes por grupo), com duração de três anos e controle de placebo da marca Rottapharm de sulfato de glicosamina.
Esses dois estudos demonstraram claros benefícios no tratamento com glucosamina, sugerindo que ela realmente ajudaria a prevenir a destruição da cartilagem. Por outro lado, vários estudos subseqüentes independentes da Rottapharm, porém menores e mais curtos, não detectaram os benefícios da glucosamina.
Essa situação levou o National Institutes of Health a financiar um estudo em larga escala para testar os efeitos da glicosamina, sulfato de condroitina e sua combinação, sobre a osteoartrite dolorida do joelho comparando com um grupo utilizando placebo e outro o medicamento celecoxib. Os resultados desse estudo de 6 meses descobriu que pacientes que tomaram glicosamina, sulfato de condroitina ou a combinação dos dois não tiveram melhora estatisticamente significativa comparado com o grupo do placebo.
O grupo do medicamento celecoxib teve melhora estatisticamente significativa nos sintomas. Porém, uma análise secundária de um subgrupo de pacientes sugeriu que a suplementação com glicosamina poderia ajudar pessoas com dor classificada de moderada a severa.
Em síntese, a glicosamina é utilizada para fins preventivos e terapêuticos relacionados à degeneração da cartilagem articular (artrose) e osteoartrite, ainda que seu efeito não tenha sido efetivamente comprovado.
Fonte: Scielo.org

sexta-feira, 10 de julho de 2009

SUPLEMENTOS PARA EMAGRECER FUNCIONAM?

Rodolfo Peres
16/04/2009


A promessa:
Uma pílula ou um spray que elimine completamente o excesso de gordura corporal sem maiores esforços!

Em um país onde se estima que cerca de 40% da população sofre com excesso de peso e 10% apresentem obesidade clínica, esta promessa realmente é tentadora! Hoje, mais do que nunca, o assunto "queimar gordura" chama a atenção de um número cada vez maior de pessoas. Produtos ou dietas milagrosas estão em todos os lugares, seja na televisão, em revistas ou nas livrarias. A indústria da perda de peso movimenta hoje cifras milionárias!

No primeiro milênio antes de Cristo, o povo Celta, que vivia na região da atual Irlanda, impunha multas pesadas para quem excedesse um determinado padrão para o cinto da calça. Esta era uma forma de tentar controlar o padrão estético de uma população que era grande consumidora de cerveja. Imaginem se algo parecido fosse estabelecido em nosso país? Creio que a arrecadação seria maior do que com multas de trânsito!

Mas se existem tantos recursos disponíveis para perda de peso, por que a incidência da obesidade vem aumentando assustadoramente nos últimos anos?

Simplesmente porque um produto, seja ele medicamento ou suplemento, não irá eliminar a gordura corporal da maneira como a maioria das pessoas acredita, ou ainda, como muitas propagandas afirmam.

Mas como resolver este problema então?

A resposta adequada é: com informação correta!

O uso de qualquer suplemento sem o acompanhamento de uma dieta precisa (hipocalórica) e de um treinamento bem elaborado (que proporcione um gasto energético suficiente) se resume em total perda de tempo e dinheiro.
Existe hoje no mercado uma infinidade de produtos que prometem auxiliar na queima de gordura, mas na verdade poucos são realmente efetivos. E mesmo aqueles considerados como efetivos, só funcionarão em sinergismo com um treinamento adequado e uma dieta hipocalórica, adequada em nutrientes, rica em fibras e fracionada em cinco ou seis refeições diárias.

Dentre os suplementos mais utilizados podemos destacar:

LA (ácido linoléico): ainda existe muita discussão acerca da eficácia do LA. Muitos profissionais ficam aguardando a apresentação de um estudo com cobaias humanas para assegurar a eficácia do produto. A meu ver, o controle de um estudo como este é dificílimo, para não dizer impossível. Como controlar ao longo de algumas semanas exatamente o que cada indivíduo participante do estudo consome de alimentos, pratica de atividade física, além das características genéticas e metabólicas? E se um indivíduo com um metabolismo impressionante estiver participando do estudo? E se outro indivíduo "burlar um pouquinho" a dieta e mentir para o pesquisador? São inúmeras as limitações que fica difícil até de apresentar todas. Analisando-se a bioquímica da suplementação do LA, se observa um melhor controle dos níveis de insulina, ativação do tecido adiposo marrom – auxiliando na redução da gordura abdominal, aumento na atividade da lipase hormônio sensível e melhora do perfil lipêmico (colesterol, triglicerídeos, etc). Estes efeitos resultariam como um auxílio no aumento da "queima de gordura" e em menor instância, no aumento da massa muscular. Mas não precisamos de nenhum estudo para comprovar que o indivíduo que está usando LA sem ter ajustado anteriormente seu treinamento e sua dieta, não terá resultado algum!

L-carnitina: este suplemento era mais comum no passado, mas ainda hoje muitas pessoas o utilizam. A L-carnitina atua como um transportador dos ácidos graxos até a mitocôndria, dentro da célula, onde seria metabolizado como energia. Ou seja, partindo-se do princípio de que quanto mais L-carnitina você tiver no organismo, mais gordura você irá "queimar", a suplementação com L-carnitina parece ser fantástico. Mas na prática, isso não ocorre. A suplementação com este produto só é interessante para aqueles indivíduos que apresentem uma baixa ingestão de L-carnitina, como vegetarianos estritos, por exemplo.

Em se tratando dos demais suplementos "queimadores de gordura", em sua maioria, os princípios ativos seriam:

Cafeína: estimula a "quebra" da molécula lipídica para ser oxidada e aumenta a performance no exercício.

Fibra solúvel: auxilia no controle da liberação do hormônio insulina e reduz UM POUCO a absorção de lipídios quando usado em conjunto com a refeição.

Ioimbina: AUXILIA na inibição dos receptores alpha 2 adrenérgicos pré-sinápticos, das células gordurosas do corpo. Estes receptores dificultam a queima de gordura.

Faseolamina: glicoproteína que reduz UM POUCO a absorção dos carboidratos consumidos.

Caralluma fimbriata: auxilia LEVEMENTE o controle do apetite e ACREDITA-SE que esta planta também auxilie na queima de gordura bloqueando a ação de enzimas que atuam no armazenamento de gordura.

Citrus aurantium: promove um LEVE aumento no metabolismo, auxiliando na queima de gordura. Também apresenta um LEVE efeito estimulante.

Colina: vitamina do complexo B que possui ação semelhante à L-carnitina no transporte de gordura ao interior das células para serem oxidadas.

Chá verde: as catequinas, compostos encontrados no chá verde, auxiliam UM POUCO no aumento da termogênese, o que auxiliaria na queima de gordura.

Garcinia cambogia (ácido hidroxicítrico): inibe UMA PARCELA da síntese de ácidos graxos, por diminuir o fornecimento de acetil coenzima A no metabolismo celular. O ácido hidroxicítrico também apresenta ação redutora no apetite.

Cromo: este mineral, geralmente suplementado na forma de picolinato, auxiliando na eficiência do controle na liberação do hormônio insulina no organismo.

Como podem observar, a administração destes produtos não fará qualquer tipo de milagre se o indivíduo não mudar os hábitos alimentares e mantiver um treinamento adequado em conjunto.

Suplementos de vitaminas e sais minerais, suplementos protéicos (whey protein, mix protéicos, etc) e anti-catabólicos (bcaas, glutamina, hmb, etc), também podem ser utilizados com sucesso em um programa visando definição muscular, visto que para preservar a massa muscular magra em uma dieta hipocalórica é interessante manter uma dieta rica em proteínas. Sempre lembrando que a escolha da suplementação adequada deve preferencialmente, ser determinada com o acompanhamento de um nutricionista esportivo. A individualidade biológica deve sempre ser respeitada, sendo que a posologia, horários e produto a ser administrado devem ser escolhidos após minuciosa avaliação de um profissional habilitado.

Muito se questiona se ao cessar o uso de um suplemento que auxilie na queima de gorduras, existe a tendência do indivíduo recuperar o peso perdido anteriormente. Isto normalmente ocorre quando se administra medicamentos anorexígenos para se perder peso. Visto que ao cessar o uso de um desses medicamentos, a pessoa tende a aumentar seu apetite abruptamente, recuperando parte, ou até mesmo totalmente, o peso perdido. No caso dos suplementos acima citados, eles não exercem efeito significativo no controle do apetite, sendo que este efeito indesejado não ocorreria.
Vale ressaltar que o mais importante é o indivíduo ter em mente a necessidade de uma alimentação adequada associada à atividade física ser mantida mesmo após a obtenção dos resultados almejados. Somente desta forma os resultados obtidos não serão perdidos.
ATENÇÃO: Antes de iniciar uma dieta, independentemente do objetivo almejado, solicite orientação de um NUTRICIONISTA!!!

Doutrina da Musculação

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