Não é de hoje que se discute sobre a compatibilidade entre diabéticos e a prática de exercícios físicos.
Apesar de tantos estudos sobre o tema, ainda existem correntes que insistem em questionar os benefícios causados por um programa de atividades físicas elaborados de maneira adequada e direcionada ao perfil do indivíduo que o pratica.
Para esclarecer de vez esta questão, precisamos saber do que se trata o "temido" diabetes melittus.
O diabetes é uma doença crônica do sistema endócrino que tem por característica principal a hiperglicemia (elevação da taxa de glicose no sangue) causada pela falta ou insuficiência na produção de insulina pelo pâncreas. Existem dois tipos de diabetes: Tipo I ou insulino-dependente e Tipo II ou insulino-independente.
Pesquisas como a realizada no INCOR-FMUSP apontam uma melhora significativa na rotina de pacientes acometidos por esta enfermidade. De acordo com os pesquisadores, a aplicação de um plano alimentar balanceado somado a rotina de treinamento de força/aeróbico, além da terapia farmacológica, alteram de forma altamente positiva o quadro dos pacientes.
A explicação é que: "Durante o exercício o transporte de glicose na célula muscular aumenta, bem como a sensibilidade da célula à ação da insulina. Muitos fatores determinam a maior taxa de captação da glicose durante e após o exercício, mas, sem dúvida, o aumento do aporte sanguíneo é um importante fator regulador, permitindo a disponibilização deste substrato para a musculatura...". "... .Observa-se, portanto, que indivíduos diabéticos com ausência de insulina ou deficiência na ação deste hormônio conseguem utilizar glicose para contração muscular durante o exercício, podendo esta utilização contribuir para a redução da hiperglicemia." (Irigoyen et. al.)
Além disso, este estudo indica que o aproveitamento de glicose durante o exercício físico em diabéticos é semelhante ao de uma pessoa saudável.
Outros estudos provam que a prática regular de exercícios diminuem a carga de medicamentos utilizados nos tratamentos dos pacientes pesquisados.
Enfim, concluímos que esse "receio" existente ainda hoje, não passa de ignorância. No entanto é de extrema importância que todo o programa de exercícios, plano alimentar e medicamentos sejam devidamente supervisionados integralmente pelo(a) educador(a) físico(a), nutricionista e endocrinologista respectivamente, sob risco de mau súbito que pode ser fatal.
A dica foi dada... Vamos suar!!!
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